The Bakery https://thebakery.com/pt-br/ Embrace bravery Tue, 06 May 2025 13:31:50 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.1 https://thebakery.com/wp-content/uploads/2024/08/cropped-simbolo_rgb_positivo-32x32.png The Bakery https://thebakery.com/pt-br/ 32 32 Foresight estratégico: como se preparar para o futuro https://thebakery.com/pt-br/2025/05/06/foresight-estrategico/ Tue, 06 May 2025 13:31:46 +0000 https://thebakery.com/?p=4465 Tocar um negócio hoje sem foresight estratégico é como dirigir em uma estrada com neblina, sem farol e com curvas imprevisíveis à frente.

É exatamente esse o desafio que muitas empresas enfrentam: mercados voláteis, transformações tecnológicas aceleradas e mudanças geopolíticas que reconfiguram setores inteiros em questão de meses.

Foresight estratégico deixou de ser um diferencial para se tornar uma habilidade essencial para a gestão estratégica.

Não se trata de tentar prever o futuro (o que é impossível), mas de criar a capacidade de lidar com múltiplos futuros possíveis e, melhor ainda, de posicionar a organização para influenciá-los a seu favor.

O que é foresight estratégico (e o que não é)

Foresight é um processo estruturado de antecipação futuros possíveis. Não se trata de adivinhação ou suposições vagas, mas de uma abordagem que combina dados, análises avançadas, inteligência artificial e muita criatividade para construir uma visão estratégica do que pode estar por vir.

Muitos ainda confundem foresight estratégico com previsão do futuro. Essa é uma interpretação limitada e perigosa. Foresight não é tentar adivinhar o próximo grande evento ou acertar qual tecnologia vai dominar amanhã.

Seu objetivo é outro: desenvolver uma capacidade organizacional contínua de imaginar diferentes futuros possíveis, entender suas implicações e construir estratégias adaptativas e resilientes. Em outras palavras, deixar de ser reativo para operar de forma proativa.

Ao incorporar foresight à prática de gestão, uma organização passa a atuar de forma muito mais informada e ágil. Em vez de reagir a crises ou se limitar às tendências já consolidadas, ela desenvolve a capacidade de detectar movimentos emergentes que ainda estão abaixo do radar, analisá-los sob diferentes perspectivas e agir antes que o mercado perceba o que está acontecendo.

O foresight estratégico permite:

  • Detectar sinais fracos de mudanças que ainda estão se formando
  • Imaginar cenários alternativos de futuro com real impacto sobre o negócio
  • Tomar decisões hoje que aumentem sua capacidade de adaptação e sua vantagem competitiva amanhã
  • Redesenho completo de estratégias, criando uma posição muito mais forte diante da concorrência

Por que o foresight estratégico é essencial hoje

Porque o mundo mudou, e, com ele, a forma de planejar também precisa mudar. Os métodos tradicionais de planejamento estratégico, baseados em projeções lineares e estabilidade relativa, já não são capazes de lidar com o cenário atual. Quem insiste apenas no forecast linear acaba pego de surpresa.

Vivemos em um ambiente marcado por:

  • Mudanças não lineares, com inovações tecnológicas que avançam repentinamente e mudam as regras do jogo da noite para o dia.
  • Complexidade crescente, onde setores e sistemas se tornam cada vez mais interdependentes e sensíveis a choques.
  • Riscos e oportunidades emergentes, como a IA generativa, que nem sequer estavam no radar há poucos anos, mas já estão reconfigurando mercados inteiros.
  • Pressão constante por inovação, que encurta os ciclos de vantagem competitiva e exige reinvenção constante.

Como funciona o processo de foresight estratégico

O ciclo de foresight segue cinco etapas principais, que ajudam a transformar incertezas em estratégias robustas:

  1. Onde olhar: mapeamento de megatendências, tecnologias emergentes, mudanças demográficas, novas regulamentações e comportamentos de consumo.
  2. O que procurar: identificação de sinais em fontes como patentes, startups, pesquisas acadêmicas e investimentos – tudo que sinaliza para onde o mercado pode evoluir.
  3. Separar sinais do ruído: em um mundo saturado de informação, saber o que ignorar é tão importante quanto saber o que observar. Aqui, entra o uso de IA, big data e análise preditiva.
  4. Interpretar o que foi encontrado: tendências não dizem muito sozinhas – é preciso entender seu impacto direto e indireto no negócio.
  5. Agir e repetir: transformar insights em ação:
  • Investir em novas frentes de inovação
  • Ajustar o portfólio de produtos
  • Preparar movimentos de M&A
  • Reposicionar a marca

E, claro, repetir o ciclo continuamente.

Métodos e ferramentas para aplicar o foresight estratégico

Existem diversas metodologias que fortalecem a prática de foresight estratégico dentro das organizações.

  • Horizon Scanning: busca sistemática por sinais emergentes de mudança antes que se consolidem.
  • Análise de megatedências: análise profunda de grandes tendências globais com impacto de longo prazo.
  • Planejamento por cenários: construção de múltiplos futuros possíveis para testar estratégias sob diferentes condições.
  • Visioning e backcasting: Definir futuros desejáveis e planejar o caminho de trás para frente.
  • Simulações e War Games: Testar a resiliência da estratégia frente a cenários críticos.

O uso de tecnologias emergentes, como inteligência artificial, big data e análise preditiva, acelera ainda mais a capacidade de identificar padrões e construir visões de futuro.

Cultura organizacional e foresight estratégico

Ferramentas sozinhas não criam visão de futuro. O sucesso do foresight estratégico depende fortemente da cultura da organização.

Empresas preparadas para o futuro:

  • Incentivam pensamento crítico e desafiam suposições
  • Premiam a experimentação e o aprendizado com erros rápidos
  • Valorizam a diversidade de perspectivas para ampliar a visão de futuros possíveis
  • Transformam riscos em oportunidades estratégicas, enxergando disrupções como motores de inovação

Construir uma cultura de foresight é tão importante quanto montar o processo técnico. Sem abertura mental e agilidade organizacional, o foresight vira apenas mais um relatório esquecido na gaveta.

Combinação estratégia + foresight

Mas para que o foresight realmente se traduza em vantagem competitiva, é necessário mais do que sensibilidade para mudanças. É preciso conectar essa inteligência ao processo decisório.

Durante muito tempo, estratégia e foresight caminharam em trilhas paralelas, mas desconectadas. A estratégia era vista como algo racional e pragmático; o foresight, como uma prática mais exploratória e teórica.

Essa separação já não faz mais sentido.

Para vencer, empresas precisam integrar as duas disciplinas: criar estratégias a partir de visões plurais de futuro e rever suas decisões continuamente à luz de novos sinais.

Essa integração tem um impacto direto na gestão de riscos também. Tradicionalmente, risco é tratado como algo a ser evitado. Mas, sob a ótica do foresight estratégico, risco passa a ser visto como oportunidade.

Disrupções tecnológicas, mudanças políticas ou catástrofes climáticas podem, sim, ameaçar modelos de negócio estabelecidos. Mas, para quem se antecipa e ajusta suas estratégias com agilidade, essas mesmas forças podem abrir portas para novos mercados, novos modelos de receita e novos posicionamentos.

Se sua organização ainda está presa no planejamento anual tradicional, talvez já esteja atrasada. A boa notícia é que ainda há tempo para virar o jogo.

Na The Bakery, ajudamos grandes corporações a implementar foresight estratégico de forma prática, rápida e conectada com os desafios reais do seu setor.

Quer transformar incerteza em vantagem competitiva? Vamos conversar.

]]>
Por que este é o melhor momento para investir em energia limpa no Brasil? https://thebakery.com/pt-br/2024/12/19/investir-energia-limpa-brasil/ Thu, 19 Dec 2024 14:55:03 +0000 https://thebakery.com/?p=4250 Escrito por Felipe Novaes, CGO da The Bakery, e Giovanna Barcelos, especialista em estratégia

Publicado originalmente no Canal Solar, em 28 de novembro

A transição energética, impulsionada pela crescente conscientização sobre as mudanças climáticas e a busca por fontes de energia mais limpas e sustentáveis, está remodelando profundamente o cenário econômico global. As expectativas do mercado e dos investidores em relação às empresas que lideram essa transformação são cada vez mais altas e exigentes.

A transição energética ganhou impulso global e atingiu um recorde de investimento de US$ 1,8 trilhão em 2023, segundo o relatório Energy Transition Investment Trends 2024, da Bloomberg NEF. Nesse panorama, embora a China ainda seja o maior mercado e a Europa apresente o crescimento mais acelerado, o Brasil se destaca entre os 10 países que mais investem em transição energética, ao lado de Japão e Índia, cada um com aportes acima de US$ 30 bilhões.

O cenário brasileiro é marcado por uma movimentação significativa de empresas e setores em torno da adaptação para a energia sustentável. As companhias eletrointensivas vêm anunciando novas estratégias, como investimentos em expansão de geração de energia renovável e diversificação dos negócios.

Essa movimentação tem sido impulsionada por dois principais fatores: em primeiro lugar, eventos climáticos extremos, como secas na Amazônia e enchentes no Sul, que reforçam a necessidade de soluções sustentáveis para combater o desequilíbrio ambiental; em segundo, o uso crescente da inteligência artificial, que amplia a demanda por energia, especialmente no armazenamento de dados, criando novos desafios para a sustentabilidade.

Luiza Demôro, chefe global de transição energética na BloombergNEF, recentemente afirmou que o Brasil tem potencial para ser um dos maiores países em termos de suprimento de mercado de carbono. Há diversas razões para acreditar numa excelente janela de oportunidades para investimentos e inovação nesse segmento. Neste ano, por exemplo, tivemos a criação da Política Nacional de Transição Energética (PNTE) pelo governo federal, que visa coordenar e dar suporte a grandes iniciativas nacionais para fortalecer a economia verde, com expectativa de receber R$ 2 trilhões em investimentos ao longo de dez anos.

Somado a isso, em 2025 teremos a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que será sediada em Belém/PA, trazendo toda a atenção mundial da temática de sustentabilidade e energia limpa para o país. Certamente, há um importante papel global a ser desempenhado pelo Brasil para o desenvolvimento de alternativas limpas de energia.

Para as empresas brasileiras que pretendem iniciar suas jornadas neste caminho, a construção de uma estratégia sólida e inovadora é o ponto de partida para obter resultados concretos. Em um mercado tão dinâmico e complexo, o desenvolvimento de uma visão própria e de uma estratégia bem estruturada que inclua variáveis tecnológicas, como a inteligência artificial, permitirá que essas empresas se posicionem de forma competitiva e direcionem seus recursos de maneira mais eficaz.

Durante este processo, a inovação deve ser encarada como uma das principais alavancas para a sustentabilidade, oferecendo alternativas para a diversificação dos negócios, inclusive em segmentos fora do core business das empresas. É importante destacar que a transição energética não é apenas uma mudança de práticas, ela representa também uma oportunidade para que as empresas expandam suas operações e se adaptem a um mercado em rápida transformação.

Esta é uma área de negócios que requer muito investimento e inovação, porém, além de todos estes projetos e recursos serem os responsáveis por criar energia limpa, com carbono zero ou reduzido, serão os protagonistas da economia do futuro. Por isso, para os investidores, importa que as grandes empresas não apenas tenham potencial de se adaptar à nova governança e regulamentações ambientais, como que também estejam criando novos negócios, tecnologias, soluções, serviços e patentes. Cada vez mais, a capacidade de inovar e desenvolver novas tecnologias limpas é um diferencial competitivo crucial nesse setor.

Mesmo com o avanço nas discussões, há um longo caminho a se percorrer para transformar esses planos de reestruturação do sistema energético em resultados concretos. A assertividade será fundamental para que o Brasil aproveite o interesse global em suas soluções renováveis e a injeção de capital internacional. É crítico que as lideranças das grandes empresas saibam aproveitar o momento e a atenção mundial para acelerar o desenvolvimento local e explorar novos horizontes no mercado internacional, posicionando o Brasil como um dos protagonistas em energia limpa e economia sustentável.

Acesse o nosso relatório Brasil na liderança da transição energética e confira insights e planos de ação para impulsionar essa mudança na sua empresa.

]]>
Conheça algumas das transformações revolucionárias da IA no campo da inovação https://thebakery.com/pt-br/2024/12/19/transformacoes-da-ia-campo-da-inovacao/ Thu, 19 Dec 2024 14:46:33 +0000 https://thebakery.com/?p=4236 Por Cassiano Pinheiro Maciel da Silva, AI Center of Excellence Leader da The Bakery

Neste artigo, exploraremos os avanços da inteligência artificial em áreas como o aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural, aprendizado por reforço e análise preditiva. Assim, poderemos analisar algumas das transformações revolucionárias que a IA está trazendo para o campo da inovação.

Arquiteturas de IA avançadas

A evolução da IA na consultoria de inovação é fundamentada em arquiteturas de aprendizado de máquina cada vez mais sofisticadas. Modelos de deep learning, como as Redes Neurais Convolucionais (CNNs) e as Redes Neurais Recorrentes (RNNs), estão sendo aplicados para análise de dados não estruturados, incluindo texto, imagens e séries temporais.

Um avanço significativo é o uso de arquiteturas de Transformer, como o BERT (Bidirectional Encoder Representations from Transformers) e o GPT (Generative Pre-trained Transformer). Esses modelos permitem uma compreensão contextual mais profunda de dados textuais, facilitando a análise de tendências de mercado, feedback de clientes e relatórios de pesquisa.

Técnicas de Processamento de Linguagem Natural (NLP)

O NLP desempenha um papel crucial na extração de insights de fontes textuais. Técnicas avançadas como:

  • Análise de sentimento: Para avaliar a percepção do mercado sobre produtos e marcas.
  • Modelagem de tópicos: Para identificar temas emergentes em discussões de indústria.
  • Sistemas de pergunta e resposta: Para facilitar a interação entre consultores e bases de conhecimento.

Estas técnicas utilizam algoritmos como LDA (Latent Dirichlet Allocation) para modelagem de tópicos e LSTM (Long Short-Term Memory) para análise de sequência em textos longos.

Aprendizado por reforço e otimização

O Aprendizado por Reforço (RL) está sendo aplicado para otimizar estratégias de inovação. Algoritmos como Q-Learning e Policy Gradient são utilizados para simular diferentes cenários de mercado e estratégias de produto, permitindo que a IA aprenda e refine abordagens de inovação ao longo do tempo.

Análise preditiva e prescritiva

Modelos preditivos baseados em técnicas como Random Forests, Gradient Boosting e Redes Neurais são empregados para prever tendências de mercado e comportamento do consumidor. Além disso, a análise prescritiva, utilizando técnicas de otimização como Programação Linear e Algoritmos Genéticos, sugere ações concretas para maximizar o impacto da inovação.

Sistemas de recomendação avançados

Algoritmos de filtragem colaborativa e baseada em conteúdo são combinados com técnicas de deep learning para criar sistemas de recomendação sofisticados. Estes sistemas sugerem oportunidades de inovação personalizadas com base no perfil da empresa, histórico de projetos e tendências de mercado.

Processamento de big data

Tecnologias de big data como Hadoop e Spark são fundamentais para processar os enormes volumes de dados necessários para insights de inovação significativos. Técnicas de processamento distribuído permitem a análise em tempo real de streams de dados de mercado, mídias sociais e IoT.

Computação cognitiva

Plataformas de computação cognitiva, como o IBM Watson, estão sendo integradas aos processos de consultoria de inovação. Essas plataformas combinam NLP, aprendizado de máquina e raciocínio baseado em conhecimento para fornecer insights mais holísticos e contextuais.

Explainable AI (XAI)

À medida que a IA assume um papel mais crítico na tomada de decisões de inovação, a capacidade de explicar suas recomendações torna-se crucial. Técnicas de XAI, como LIME (Local Interpretable Model-agnostic Explanations) e SHAP (SHapley Additive exPlanations), estão sendo incorporadas para tornar os processos de decisão da IA mais transparentes e compreensíveis.

Integração com tecnologias emergentes

A IA na consultoria de inovação está se integrando com outras tecnologias emergentes:

  • Internet das Coisas (IoT): Para coletar dados em tempo real sobre o uso do produto e comportamento do consumidor.
  • Blockchain: Para garantir a integridade e rastreabilidade de dados de inovação.
  • Realidade Aumentada/Virtual: Para prototipagem e testes virtuais de conceitos inovadores.
  • Ética e governança de IA

Com o aumento da dependência da IA, frameworks éticos e de governança estão sendo desenvolvidos. Isso inclui a implementação de técnicas de “IA Responsável”, como detecção de viés em dados e modelos, e a criação de sistemas de auditoria de IA para garantir a conformidade com padrões éticos e regulatórios.

Espiando o futuro da inovação integrada à IA

À medida que a IA continua a evoluir e se integrar cada vez mais aos processos de inovação, podemos antecipar diversas transformações significativas no campo da consultoria de inovação.

Por exemplo, com a capacidade de processamento de linguagem natural e análise preditiva cada vez mais sofisticadas, podemos imaginar consultorias de inovação sendo capazes de monitorar em tempo real as tendências de mercado, os sentimentos dos consumidores e as oportunidades emergentes. Isso permitiria que elas não apenas reajam rapidamente a mudanças, mas também antecipem e direcionem proativamente os esforços de inovação de seus clientes.

Além disso, a integração de técnicas de aprendizado por reforço e otimização pode levar a processos de inovação muito mais ágeis e iterativos. As consultorias poderiam simular diversos cenários e estratégias, refinando continuamente suas abordagens para maximizar o impacto da inovação.

Nesse contexto, a criação de verdadeiras “Engines de Inovação” – plataformas integradas que combinam IA, big data, IoT e outras tecnologias emergentes – pode se tornar indispensável para consultorias que buscam impulsionar a inovação de forma estruturada e sistemática em seus clientes.

Outro ponto crucial será a crescente importância da aplicabilidade e governança da IA. À medida que a IA se torna uma peça central na tomada de decisões críticas de inovação, a capacidade de entender e auditar seus processos internos será fundamental para garantir a confiança e a conformidade com princípios éticos.

A integração da IA com tecnologias emergentes, como IoT, blockchain e realidade virtual/aumentada, pode transformar radicalmente a maneira como as consultorias de inovação trabalham, permitindo a coleta de dados em tempo real, a prototipagem virtual e a rastreabilidade de informações.

Essas são apenas algumas das hipóteses de transformação que podem ser vislumbradas a partir dos avanços técnicos descritos no artigo. A evolução contínua da IA e a criação de Engines de Inovação certamente continuarão a moldar e revolucionar o campo da consultoria de inovação nos anos vindouros.

]]>
Tendências de ESG e sustentabilidade para 2025: Inovação e segurança como pilares essenciais https://thebakery.com/pt-br/2024/12/19/tendencias-de-esg-e-sustentabilidade-para-2025-inovacao-e-seguranca-como-pilares-essenciais/ Thu, 19 Dec 2024 14:08:18 +0000 https://thebakery.com/?p=4257 Por Karla Adoryan, Especialista da The Bakery

O avanço em sustentabilidade e ESG (Ambiental, Social e Governança) está rapidamente redefinindo o ambiente corporativo. As grandes empresas enfrentam pressões crescentes para adotar práticas responsáveis e inovadoras, com 2025 marcando um ponto decisivo para a integração dessas práticas. Neste contexto, a inovação surge como uma alavanca crucial para impulsionar estratégias sustentáveis e assegurar a competitividade, enquanto a segurança – tanto cibernética quanto operacional – torna-se indispensável para proteger esses avanços.

O cenário global e as forças tecnológicas emergentes

As inovações tecnológicas estão no centro das práticas sustentáveis. Tecnologias como a Inteligência Artificial (IA), blockchain, biotecnologia e Internet das Coisas (IoT) são essenciais para otimizar processos, reduzir desperdícios e trazer maior transparência.

  • Inteligência artificial e big data: Empresas utilizam IA para prever padrões de consumo, melhorar a eficiência energética e monitorar dados ambientais em tempo real, facilitando uma resposta ágil às questões ambientais.
  • Blockchain e rastreabilidade: A rastreabilidade nas cadeias de suprimento é reforçada pelo blockchain, que garante maior transparência e ética em transações, possibilitando o acompanhamento de práticas sustentáveis ao longo de toda a cadeia.
  • Biotecnologia e agricultura sustentável: A biotecnologia facilita a criação de novos alimentos, como carnes cultivadas em laboratório, e aprimora a eficiência no uso de recursos na agricultura, reduzindo o impacto ambiental da produção de alimentos.

Finanças verdes e a expansão de investimentos ESG

Com o aumento da consciência ambiental, o mercado de finanças verdes está em expansão. Até 2025, os ativos ESG podem alcançar US$53 trilhões. Esse crescimento está diretamente relacionado à demanda por investimentos que equilibram retorno financeiro com impacto ambiental positivo. Fundos ESG e títulos verdes destinam-se a iniciativas que visam reduzir a pegada ambiental das empresas e fomentar práticas sustentáveis, refletindo o compromisso de investidores e gestores em apoiar um futuro mais responsável.

Economia circular: reduzindo desperdício e criando valor

A economia circular visa a reutilização de materiais e a minimização de resíduos, indo além do modelo linear “produzir-usar-descartar”. Setores como moda e automotivo estão liderando essa transição, implementando práticas de reutilização de peças e reciclagem de resíduos industriais. Esse modelo não apenas reduz o impacto ambiental, mas também cria novas oportunidades de mercado, gerando valor contínuo para empresas e consumidores.

O papel do Brasil na sustentabilidade global

Com destaque na COP-30, em 2024 e na presidência do G20 em 2024, o Brasil ocupa uma posição estratégica nas discussões globais sobre sustentabilidade. O país possui uma rica biodiversidade, fundamental para o desenvolvimento de bioeconomia e atração de investimentos, mas enfrenta desafios como o desmatamento e a necessidade de implementar tecnologias de rastreabilidade no agronegócio. O combate ao desmatamento exige o uso de blockchain e IoT para garantir práticas agrícolas sustentáveis, promovendo uma economia mais verde.

Pilar social do ESG: Saúde mental, segurança e inclusão

As empresas reconhecem que o impacto social de suas práticas ESG é essencial para fortalecer a cultura organizacional e o engajamento dos colaboradores.

  • Saúde mental e bem-estar: Organizações estão investindo em políticas de saúde mental e bem-estar, oferecendo suporte psicológico, monitoramento de estresse e ambientes de trabalho adaptativos.
  • Diversidade e inclusão: A promoção de um ambiente inclusivo e diverso incentiva a colaboração e a criatividade. Empresas que abraçam a diversidade se destacam na resolução de problemas e atraem talentos inovadores, fortalecendo seu comprometimento com a sociedade.
  • Segurança cibernética e proteção de dados: O avanço digital exige práticas rigorosas de segurança cibernética para proteger dados sensíveis, garantindo a integridade dos sistemas e a conformidade com regulamentações de privacidade.

Governança e transparência como bases da confiança

Governança eficaz e prestação de contas transparente são fundamentais para conquistar a confiança dos stakeholders. Empresas estão adotando tecnologias como blockchain para monitorar e registrar práticas ESG, garantindo que os dados sejam precisos e verificáveis. Além disso, conselhos de administração que incluem membros com experiência em ESG trazem maior robustez na tomada de decisões.

Desafios e oportunidades para 2025

As empresas enfrentam desafios complexos para integrar ESG em todos os aspectos de sua operação. A adaptação às regulamentações emergentes, a implementação de tecnologias avançadas e a capacitação de suas equipes são fundamentais. Iniciativas de treinamento contínuo em práticas sustentáveis e inovação tecnológica são indispensáveis para preparar as empresas para o futuro.

Conclusão

À medida que nos aproximamos de 2025, as grandes corporações devem liderar o caminho para uma economia sustentável, onde inovação e segurança caminham juntas. Aqueles que adotarem rapidamente essas tendências estarão melhor posicionados para prosperar em um mercado que valoriza a sustentabilidade, a transparência e o bem-estar social. O verdadeiro teste para as empresas será a capacidade de transformar essas demandas em ações concretas, medindo e aprimorando constantemente suas práticas para atender às exigências de uma sociedade mais consciente e exigente.

Muitas das tendências exploradas nesse artigo fazem parte do Radar The Bakery: O que só nossos especialistas antecipam para 2025. Esse material reúne insights e apostas exclusivas que ajudam empresas a navegar pelas transformações do mercado, identificando oportunidades e desafios que podem moldar o futuro. Acesse e baixe o material completo aqui.

]]>
Transformando inovação em estratégia: Um novo olhar para o sucesso corporativo https://thebakery.com/pt-br/2024/12/17/inovacao-estrategia-sucesso-corporativo/ Tue, 17 Dec 2024 16:15:14 +0000 https://thebakery.com/?p=4260 Escrito por Giovanna Barcelos, especialista em estratégia da The Bakery

Inovação corporativa foi por muitos anos associada a uma solução disruptiva, tecnológica, inspiradora e divertida. No entanto, o entendimento sobre inovação nas corporações precisa ser ampliado: e se as empresas a enxergarem como uma alavanca estratégica dos negócios? Isso significa entender que a inovação vai além de projetos de tecnologia. Ela é um componente-chave mesmo quando não falamos de disrupção e é um mecanismo de resiliência para as empresas.

Apenas metade dos executivos tem enxergado desta forma: segundo a pesquisa Most Innovative Companies 2024*, 48% dos executivos entrevistados sentiram que as organizações fizeram algum esforço para linkar as estratégias de negócio com as estratégias de inovação. Além disso, apenas 12% têm conseguido de fato gerar valor com este link.

Esse contexto nos leva a uma primeira explicação para os desafios atuais em gerar resultados relevantes e tangíveis por meio da inovação. Ela precisa ser incluída na resolução de desafios e na formulação das estratégias corporativas, mesmo que de curto-médio prazo. Ela não deve ser a protagonista mas, sim, encarada como uma competência que habilita formular cenários, lidar com incertezas e riscos, testar diferentes opções com agilidade, olhar para frente e para o mercado.

Em uma segunda perspectiva, esse contexto também levanta potenciais causas das dificuldades das empresas em se manterem relevantes e sustentáveis no longo prazo. Será possível pensar em estratégia corporativa sem pensar em inovação no contexto atual em que vivemos?

Te convido a refletir sobre o tema e a ampliar sua percepção de inovação como alavanca, na qual ambas as estratégias estarão conectadas. Tente fazer isso repensando talvez desafios/projetos que existem hoje na sua empresa, como “Minha margem vem caindo significativamente nos últimos anos e não conseguimos recuperar”; “Estou preocupado com as movimentações dos concorrentes e como me diferenciar”; “Não sei como melhorar meu produto ou serviço, visto hábitos de consumo das novas gerações”, entre outros.

Compartilhe conosco suas reflexões e dúvidas, nos comentários ou por direct. Vamos explorar mais sobre o conteúdo nas próximas edições.

*Pesquisa realizada pelo BCG.

]]>
Como a IA está transformando modelos operacionais https://thebakery.com/pt-br/2024/12/17/ia-modelos-operacionais/ Tue, 17 Dec 2024 16:11:20 +0000 https://thebakery.com/?p=4259 Por Cassiano Pinheiro Maciel da Silva, AI Center of Excellence Leader da The Bakery

A inteligência artificial (IA) está rapidamente remodelando os modelos operacionais em diversos setores, impulsionando eficiências e fomentando a inovação. Para corporações e inovadores, entender como alavancar a IA é crucial para manter a competitividade no cenário de negócios em constante evolução. Este artigo explora o impacto multifacetado da IA nos modelos operacionais, destacando áreas-chave como eficiências da IA, modelos operacionais nativos de IA, qualidades humanas em modelos de IA, desafios na transição, o futuro da vantagem competitiva e frameworks estratégicos para o sucesso.

Introdução

A integração da IA nas operações empresariais não é mais um conceito futurista, mas uma realidade presente. Essa transformação não apenas está otimizando processos existentes, mas também criando paradigmas operacionais totalmente novos. Para corporações e inovadores, adotar a IA oferece um caminho para maior eficiência, agilidade e inovação. Este artigo visa fornecer uma visão abrangente de como a IA está mudando os modelos operacionais e o que isso significa para os negócios hoje.

Contexto

A importância da IA nos negócios modernos não pode ser subestimada. Segundo um estudo da McKinsey, empresas que adotam plenamente a IA podem potencialmente dobrar seu fluxo de caixa até 2030. As tecnologias de IA estão permitindo que as empresas automatizem tarefas rotineiras, obtenham insights mais profundos a partir dos dados e inovem em um ritmo sem precedentes. A importância de entender e integrar a IA nas estratégias de negócios é, portanto, fundamental para se manter à frente em um mercado competitivo.

Eficiências da IA

Um dos benefícios mais imediatos da IA é sua capacidade de aumentar as eficiências nos modelos operacionais existentes. Ao automatizar tarefas repetitivas, a IA permite que os trabalhadores humanos se concentrem em atividades mais estratégicas. Por exemplo, chatbots alimentados por IA são agora uma característica comum no atendimento ao cliente, proporcionando respostas rápidas e precisas às perguntas dos clientes, melhorando os níveis de serviço e reduzindo os custos operacionais. Da mesma forma, as aplicações de IA na gestão da cadeia de suprimentos podem otimizar os níveis de estoque e reduzir o desperdício, levando a economias significativas de custos.

Modelos operacionais nativos de IA

Além de melhorar as operações atuais, a IA está abrindo caminho para modelos operacionais totalmente novos. Modelos nativos de IA utilizam aprendizado de máquina e análises avançadas para identificar continuamente oportunidades de mercado, desenvolver novos produtos e agilizar o processo de lançamento no mercado. Um exemplo disso é o motor de inovação autônomo, que usa IA para prever necessidades dos clientes, testar novos produtos e otimizar processos de produção e distribuição. Esses modelos permitem que as empresas sejam mais responsivas e proativas, adaptando-se rapidamente às mudanças do mercado e às demandas dos consumidores.

Qualidades humanas em modelos de IA

Embora a IA possa automatizar muitos fluxos de trabalho, qualidades humanas como criatividade, responsabilidade e tomada de decisão crítica permanecem insubstituíveis. A IA é excelente em processamento de dados e reconhecimento de padrões, mas são os humanos que fornecem o contexto, as considerações éticas e a direção estratégica. Como notado por especialistas do setor, “Os humanos estão exclusivamente posicionados para a responsabilidade e a tomada de decisão crítica.” Essa relação simbiótica entre a inteligência artificial e a humana é crucial para alcançar os melhores resultados nas operações empresariais.

Desafios na transição

A transição para modelos operacionais impulsionados por IA não está isenta de desafios. As empresas devem enfrentar questões relacionadas à avaliação do retorno sobre investimento (ROI), integração com sistemas legados, qualidade dos dados e identificação de novas vantagens competitivas. A pergunta “Como avaliamos o ROI em nível de modelo operacional? Como pensamos em uma nova vantagem competitiva?” é central para essa transição. Superar esses desafios requer uma abordagem estratégica e disposição para investir na tecnologia e talento necessários.

Futuro da vantagem competitiva

Em uma era cada vez mais dominada pela IA, as vantagens competitivas tradicionais podem não ser mais suficientes. As empresas precisarão redefinir seus pontos fortes únicos, focando em capacidades difíceis de replicar. Como coloca um líder do setor, “A transformação autônoma não é o fim do jogo. Temos que descobrir qual é a nova vantagem competitiva depois disso.” Isso envolve uma mudança para um pensamento estratégico liderado por humanos e alavancar a IA para aprimorar, e não substituir, a criatividade e a inovação humanas.

Modelo estratégico e framework

Para navegar nas complexidades da integração da IA, as empresas precisam de um modelo estratégico e um framework que aborde todo o sistema da empresa. Isso envolve não apenas o design de front-end, mas também a otimização da produção e a redução de desperdícios. “Pense holisticamente sobre todo o sistema da empresa… não apenas no design de front-end, mas também no lançamento da produção e na otimização quando estiver no mercado para também reduzir efetivamente o desperdício.” Essa abordagem abrangente garante que todos os aspectos do negócio estejam alinhados e otimizados para a inovação impulsionada pela IA.

Conclusão

A IA está indiscutivelmente transformando os modelos operacionais, oferecendo novas eficiências e capacidades que antes eram inimagináveis. Para corporações e inovadores, a chave para o sucesso está em abraçar a IA enquanto mantém o foco na criatividade humana e na supervisão estratégica. Ao enfrentar os desafios e redefinir as vantagens competitivas, as empresas podem prosperar na era autônoma. À medida que avançamos, uma abordagem estratégica e holística para a integração da IA será essencial para desbloquear todo o seu potencial e alcançar um crescimento sustentável.

Referências/Leitura adicional
  1. McKinsey & Company. (2023). The AI Frontier: How AI is Driving Operational Efficiency.
  2. Gartner. (2023). AI and the Future of Work: Embracing AI for Strategic Advantage.
  3. Harvard Business Review. (2023). AI and Human Collaboration: Balancing Efficiency and Innovation.
  4. Accenture. (2023). Navigating AI Integration: Strategies for Business Leaders.
]]>
O bonde da inovação energética: o Brasil está pronto para seguir? https://thebakery.com/pt-br/2024/12/17/inovacao-energetica-brasil/ Tue, 17 Dec 2024 12:56:14 +0000 https://thebakery.com/?p=4258 Por Felipe Novaes, fundador e CGO da The Bakery

Publicado originalmente no Canal Energia, em 2 de outubro

Líderes mundiais planejam aumentar o valor investido em energias renováveis para que elas equivalham a 60% da eletricidade global até 2030, conforme acordo firmado na conferência de mudanças climáticas da ONU, a COP28, no ano passado.

Com uma matriz energética altamente renovável e diversificada, o Brasil, que gera 65% de sua eletricidade por meio de hidrelétricas e cerca de 19% com outras fontes renováveis, tem um lugar privilegiado na corrida internacional. Esta vantagem precisa ser aproveitada, considerando que o mercado internacional está voltado para a construção de soluções cada vez mais sofisticadas. Por isso, é tão importante que o país continue a investir em inovação e adotar novas tecnologias para manter sua posição de destaque para não perder o bonde da inovação.

Com este compromisso em mente, o primeiro passo das lideranças deve ser avaliar qual o grau de inovação buscado para os projetos de energia renovável para o seu setor, considerando os recursos disponíveis. As principais questões a serem avaliadas são: Qual a dimensão dos projetos esperados e o orçamento reservado? Quais são seus benefícios e limitações? Qual é o potencial de adoção e escalabilidade e o retorno financeiro esperado?

A criação deste panorama, de maneira estratégica e detalhada, é crítica para identificar se a tecnologia é uma inovação radical ou uma melhoria em soluções existentes. No Brasil, projetos inovadores têm mostrado como a combinação de tecnologias avançadas e estratégias inteligentes pode transformar o setor energético.

Um exemplo notável é a Neoenergia, uma subsidiária da espanhola Iberdrola, que está liderando a implantação de parques eólicos offshore proveniente dos ventos que sopram em alto-mar. A empresa está com projetos implementados na região litorânea do Nordeste brasileiro que introduzem uma tecnologia avançada e um novo tipo de infraestrutura capaz de superar os desafios das instalações terrestres, além de oferecer maior capacidade de geração e eficiência. A prova disso é que a companhia está focada em estudos para ampliar seus parques offshore para outras regiões do país.

O custo inicial para construir e operar parques eólicos no mar é elevado devido à necessidade de infraestrutura especializada e manutenção em ambientes marinhos. No entanto, à medida que a tecnologia evolui e se torna mais eficiente, o retorno financeiro deve melhorar, especialmente com a crescente demanda por energia limpa e a redução dos custos operacionais ao longo do tempo.

Já o projeto de hidrogênio verde da ENGIE, empresa de energia renovável, destaca-se pelo nível elevado de inovação, representando uma das soluções mais promissoras para a descarbonização de setores industriais e de transporte. Com cerca de vinte projetos de hidrogênio verde no mundo, a empresa mantém a meta de capacidade de produção de 4 gigawatts (GW) até 2030. Apesar dos altos investimentos iniciais e da necessidade de desenvolver infraestrutura, o potencial de exportação e a crescente demanda global por soluções de baixo carbono indicam um grande retorno financeiro no futuro.

Estes exemplos ilustram como a combinação de inovação tecnológica e estratégias de investimento pode posicionar o Brasil na vanguarda da energia renovável, promovendo um desenvolvimento sustentável e competitivo no cenário global.

O mercado internacional de energias renováveis está em franca expansão, impulsionado pela crescente urgência em combater as mudanças climáticas e reduzir as emissões de carbono. Países como China, Estados Unidos e membros da União Europeia estão intensificando suas metas de descarbonização, criando uma demanda massiva por tecnologias inovadoras e soluções sustentáveis. Para o Brasil, que já possui uma matriz energética majoritariamente renovável, essa é uma oportunidade única de consolidar sua posição como exportador de tecnologia verde, biocombustíveis e energia limpa. A 30a Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP 30) , que será realizada em 2025 em Belém (PA), chegará para reforçar os compromissos do país com o meio ambiente e a transição energética.

Ao não perder o bonde da inovação, o país poderá fortalecer sua liderança no mercado global, abrir portas para novas oportunidades econômicas, atrair investimentos internacionais e promover o desenvolvimento sustentável. Avanços de impacto incluem pesquisa de mercado para entender as tendências atuais, análise de viabilidade técnica e econômica, e revisão de regulamentações e incentivos governamentais, além de parcerias estratégicas que viabilizem a implementação e a escalabilidade dos projetos. É preciso seguir adiante, apostando na energia verde e no futuro da humanidade na Terra.

Acesse o nosso relatório Brasil na liderança da transição energética e confira insights e planos de ação para impulsionar essa mudança na sua empresa.

]]>
ESG, inovação e música: como o Coldplay tem transformado o cenário mundial com ações sustentáveis https://thebakery.com/pt-br/2024/09/18/esg-inovacao-e-musica-como-o-coldplay-tem-transformado-o-cenario-mundial-com-acoes-sustentaveis-2/ Wed, 18 Sep 2024 14:48:28 +0000 https://projetos.boldhub.design/thebakery/?p=2538 Apesar da sigla ESG (Environmental, Social, and Governance ou Meio Ambiente, Social e Governança Corporativa) estar cada vez mais presente nas conversas corporativas e também em outras rodas, às vezes fica difícil de aportar o imaginário em ações concretas. Essas métricas, que existem desde 2004, auxiliam na avaliação de uma empresa sobre sua sustentabilidade em seus processos internos e investimentos. O que poucos sabem é que esse conceito pode ser aplicado até mesmo no mundo da música. 

Em 2021, a banda britânica Coldplay, fundada em 1996 por Chris Martin e Jonny Buckland, anunciou medidas inovadoras para minimizar seu impacto ambiental durante suas turnês mundiais. Isso aconteceu junto com o lançamento da Music of the Spheres World Tour, que trouxe uma série de iniciativas sustentáveis destinadas a transformar a indústria da música em termos de responsabilidade ambiental.

Tudo começou em 2019, quando Chris Martin declarou que o Coldplay só voltaria às turnês globais se conseguissem minimizar o impacto ambiental desses eventos. E eles fizeram a lição de casa direitinho. Definiram a governança do projeto, estabeleceram métricas e transparência, e detalharam um plano sustentável que pode ser conferido no site Coldplay Sustainability.

Entre as diversas medidas adotadas pela banda estão:

  • Plantio de uma árvore para cada ingresso vendido.
  • Shows com 100% de energia renovável.
  • Redução de 50% nas emissões diretas de carbono em comparação com a turnê anterior.
  • Geração de energia cinética a partir da interação dos fãs com o solo durante os shows.

Segundo a banda, isso é só o começo. O Coldplay sabe que, apesar de seus esforços, ainda haverá uma pegada de carbono significativa em suas turnês. Por isso, eles também se comprometeram a compensar esses impactos negativos, investindo em projetos de reflorestamento, energia renovável, conservação, regeneração e armazenamento de carbono. 

Brasil também em Ação: Neoenergia nos maiores festivais de música

E o Brasil também não fica atrás quando o assunto é sustentabilidade na música. A Neoenergia firmou parceria com grandes festivais para promover soluções de descarbonização. Durante uma cerimônia em 2023 no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, foi formalizado um compromisso para debater e implementar ações sustentáveis visando minimizar as emissões de carbono nos eventos.

Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia, destacou a importância da transição energética justa e inclusiva, ampliando a geração de energia por fontes limpas e influenciando os jovens na produção e consumo sustentáveis. A Neoenergia tem como meta reduzir a intensidade de CO² para 20g/kWh até 2030 e alcançar a neutralidade carbônica até 2050.

Entre as ações, a Neoenergia trocará uma lâmpada convencional por uma LED para cada pessoa presente nos festivais, beneficiando escolas, hospitais, instituições sem fins lucrativos e comunidades de baixa renda. Estima-se a troca de mais de 1,2 mil lâmpadas, integrando o Programa de Eficiência Energética regulado pela Aneel.

Com iniciativas impactantes e inovadoras, tanto o Coldplay quanto a Neoenergia mostram que é possível unir música e sustentabilidade, transformando eventos em exemplos de responsabilidade ambiental e social. E isso é só o começo! O que mais podemos esperar? Novas parcerias e ações inovadoras certamente virão, e a música continuará sendo um poderoso veículo para mudanças positivas no mundo.

E você, como tem atuado em prol do ESG no seu dia a dia? Compartilhe suas experiências e ideias com a gente!

Colaboração: Caroline Ribeiro

]]>
CVC: no contrassenso da estratégia, o efeito manada ataca novamente https://thebakery.com/pt-br/2024/09/18/cvc-no-contrassenso-da-estrategia-o-efeito-manada-ataca-novamente/ Wed, 18 Sep 2024 13:03:22 +0000 https://projetos.boldhub.design/thebakery/?p=2531 Prolongar a vida útil de uma companhia , além de mantê-la competitiva e lucrativa, deveria ser o objetivo principal de qualquer liderança. Nesse cenário, com o perdão a Fernando Pessoa, inovar é preciso, em um mercado que não é preciso.

Estratégias de inovação, quando bem executadas , não são apenas um meio de se manter relevante em um mundo em constante mudança , mas também uma tática fundamental para acelerar o crescimento. Buscando se manter relevantes , diversas companhias nos últimos anos adotaram programas de corporate venture capital, os famosos CVCs, para investir em startups que podem explorar novas tecnologias , entrar em novos mercados e inovar de maneira que seria difícil de realizar internamente . Um movimento natural, já que essa estratégia , além de impulsionar a competitividade, tem potencial de diversificar as fontes de receita e reduzir a dependência de mercados tradicionais.

Há inúmeros exemplos de empresas que se beneficiaram de suas iniciativas de CVC, como Google Ventures, Intel Capital e Salesforce Ventures. Estas são apenas algumas das que têm historicamente colhido grandes recompensas de seus investimentos em startups , como retornos financeiros significativos e a integração de novas tecnologias e ideias para impulsionar crescimento e inovação contínua.

No entanto, até o primeiro semestre de 2023, apenas cinco CVCs foram estruturados no Brasil, contra 21, em 2022, e 24, em 2021, conforme aponta a última consolidação de dados da indústria realizada pela ABVCAP (Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital). Este número, considerando que 2023 foi um ano cheio de incertezas econômicas e ajustes no mercado, é surpreendente e um tanto decepcionante. Justamente agora, quando as empresas deveriam estar mais ousadas e proativas em suas estratégias de inovação, a hesitação parece prevalecer. Não é de hoje que sabemos que priorizar inovação em tempos de crise é essencial para colher frutos maiores no crescimento pós-crise. De acordo com a McKinsey & Co, as corporações que investem em inovação durante a crise conseguem ‘bater ’ o mercado, crescendo em média 30% a mais nos anos após a crise.

Qualquer um que já abriu um app de banco para investir no mercado de ações sabe que, para vencer, a lógica é comprar os ativos na baixa para vender na alta, mas não é isso que estamos observando . A impressão que dá é que as corporações compraram na alta, estão estagnadas durante a baixa e esperando tudo ficar caro de novo para voltar a se estruturar e comprar. Tudo indica que o ‘efeito manada ’ ataca o mercado novamente.

Chega a ser sem lógica. Exatamente agora, quando os ativos estão mais desvalorizados é que deveríamos observar um movimento de aumento na estruturação dos fundos. Faz muito mais sentido, do ponto de vista estratégico , aproveitar um momento de fragilidade do mercado para estruturar a casa de forma bem feita e surfar da melhor forma possível a onda da recuperação , do que esperar que o cenário se reerga para começar a correr atrás da onda, às pressas e perder o timing de entrada nas melhores startups.

Isso me lembra uma metáfora que ouvi uma vez de um empresário : “olhar esses movimentos de mercado é como assistir a um jogo de futebol de crianças . Todos correm para o lado em que a bola está indo, não existe muita estratégia , não existe um plano, é simplesmente um movimento de massa para lá e pra cá”.

Obviamente , um CVC é mais do que apenas um instrumento de ganhos financeiros . É, principalmente, uma forma de uma corporação obter vantagens estratégicas , inclusive aqueles CVCs 100% focados em ganhos estratégicos sabem da oportunidade que têm nas mãos agora. O que antes era uma corrida desenfreada no mercado de inovação para garantir os melhores negócios e acabava por levar os valuations às alturas, hoje, permite às corporações que se mantenham no jogo com o acesso aos melhores empreendedores e oportunidades de alavancagem da estratégia.

O momento de retração geral é paradoxalmente o melhor momento para ser audacioso. Quando todos estão recuando , aqueles que avançam podem capturar valor a preços descontados e preparar o terreno para um futuro de liderança e inovação. As empresas que entenderem isso e agirem agora estarão melhor posicionadas para liderar e prosperar no futuro.

]]>
VIA: a solução ideal para viabilizar a inovação dentro das grandes corporações https://thebakery.com/pt-br/2024/09/17/via-a-solucao-ideal-para-viabilizar-a-inovacao-dentro-das-grandes-corporacoes/ Tue, 17 Sep 2024 13:03:15 +0000 https://projetos.boldhub.design/thebakery/?p=2532 Nos últimos anos, o conceito de Organizações Ambidestras tem ganhado destaque. Segundo essa visão, para serem verdadeiramente inovadoras, as empresas precisam dominar duas habilidades complementares, assim como um jogador de basquete ambidestro. Com a “mão direita”, as empresas devem ser extremamente competentes em explorar recursos e ativos existentes, extraindo cada vez mais valor. Com a “mão esquerda”, elas precisam explorar novas oportunidades de crescimento, criando novas competências e constantemente reinventando seu core business.

O desafio da ambidestria organizacional

No entanto, a implementação da ambidestria organizacional é muito mais fácil de dizer do que de fazer. Grandes corporações, com milhares de funcionários e receitas estruturadas, enfrentam problemas estruturais que dificultam, ou até mesmo inviabilizam, iniciativas de inovação transformacional. Essas empresas precisam garantir a manutenção do status quo e preservar o valor gerado ao longo do tempo, o que as impede de agir como startups ágeis e experimentais. Afinal, quando se tem muito a perder, as escolhas devem ser conscientes e cautelosas.

Inovação transformacional nas grandes corporações

Quando falamos de inovação transformacional, é comum ouvir que grandes corporações não foram feitas para inovar. Se trocarmos a palavra “inovar” por “transformar”, isso se torna ainda mais claro. No entanto, essa inovação é crucial para garantir a criação de valor a longo prazo. Então, como assegurar que as grandes corporações de hoje continuem relevantes no futuro? Essa é uma pergunta que todo CEO enfrenta.

A solução: VIA (Veículo de Inovação Autônomo)

Após mais de uma década auxiliando grandes corporações a inovarem, percebemos que muitos insucessos não estavam relacionados à inviabilidade técnica, mercadológica ou funcional, mas sim à falta de mecanismos necessários para lançar ou explorar aquela inovação. Muitas vezes, as organizações se auto-sabotavam quando o assunto era inovação transformacional. Por isso, a The Bakery decidiu enfrentar esse desafio de frente.

O VIA nasceu para resolver essa questão. Diferentemente dos modelos tradicionais de relacionamento entre uma corporação e um prestador de serviços, baseados em homem-hora ou projeto, o VIA se torna o parceiro que viabiliza toda a inovação que uma grande empresa não consegue internalizar. O VIA é a solução definitiva para explorar e escalar inovações transformacionais em ambientes corporativos hostis.

Ele cria uma nova estrutura apartada, seja via SPE (Sociedade de Propósito Específico) ou FIP (Fundo de Investimento em Participações), para gerir as iniciativas de inovação transformacional da empresa-mãe. Além disso, alocamos os talentos necessários (e apenas o essencial) para qualquer tipo de iniciativa, trazemos as melhores metodologias do mercado (Engajamento com startups, investimento em startups, criação de novas ventures, P&D, joint-ventures, etc) com um time dos maiores especialistas no tema para se dedicarem ao seu sucesso.

Modelo de remuneração alinhado ao sucesso

Além disso, o VIA propõe um modelo de remuneração diferenciado. Nos modelos tradicionais, os parceiros externos de inovação são remunerados pela quantidade de pessoas envolvidas ou pela entrega de um escopo específico. Esse modelo incentiva a complexidade e a execução de tarefas específicas, em vez do sucesso da inovação. Com o VIA, a The Bakery é responsável pela execução ponta-a-ponta das iniciativas de inovação, desde a ideia até o impacto, sendo incentivada pelo sucesso das iniciativas, e não pelo aumento de pessoal envolvido.

Transforme sua organização com o VIA

O VIA é mais do que uma solução; é uma revolução na forma como as grandes corporações podem abordar a inovação transformacional e garantir sua relevância futura. Se você deseja explorar e escalar inovações que transformarão seu negócio, entre em contato conosco para saber mais sobre como o VIA pode ajudar sua organização a alcançar a verdadeira ambidestria organizacional.

]]>